Estou convencido de que Ziraldo Alves Pinto, desde que me conheceu – há centenas de anos –, premeditou me matar de emoção, pois descobriu que meu sistema cardíaco é imune à inveja e outros sentimentos subalternos. Quando terminei a alegre e sofrida viagem pelo Planeta Lilás, eu me percebi sorrindo com os olhos mareados, envolto numa nuvem de sentimentos que tem a idade do Cosmo, a idade do Ziraldo, que pretende me devolver docemente ao infinito de onde cheguei, me disparando – como ensina o Otto Lara – uma bala de mel.
Marcos de Vasconcellos